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18 de maio de 2017

O CAMINHO EM RETIRADA DA LAGUNA - 06 - MARCHAS E COMBATES 16, 17, 18, 19 DE MAIO 1867

CAPÍTULO XV
AS FORÇAS EM OPERAÇÕES NO SUL DA PROVÍNCIA DE MATO GROSSO
A Marcha da Retirada: as provações, incerteza do caminho, às torrenciais chuvas, incêndios, fome, as mulheres, crianças, cães, índios dias 16, 17, 18, 19 maio 1867

Oficiais e praças combatendo o incêndio nas macegas. Imagem captada do Filme Alma do Brasil, 1932 – Retirada da Laguna. Direção: Líbero Luxardo.
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1- Em Retirada, a incerteza do rumo para Estância Jardim.

O nosso Guia triste e pensativo como o viramos antes do incêndio, precedia a coluna e às vezes deixava-se ir indo muito adiante, sem reparar no perigo que assim corria, pois os turbilhões de vapores e de cinzas que levantavam-se caprichosamente no campo e muitas vezes nos envolviam, não nos impediam de ver cavaleiros paraguaios tentando aproximarem-se de nós.
Os Cavaleiros paraguaios as escondidas entre a fumaça das queimadas. Imagem captada do Filme Alma do Brasil, 1932 – Retirada da Laguna. Direção: Líbero Luxardo.

O coronel, a quem impressionara também o semblante inquieto e contrariado de Lopes, perguntando-lhe de improviso se estávamos no bom caminho, se íamos bem, apenas obteve resposta evasiva e tal que dava a entender que também ele, o guia, não tinha já certeza disso, posto que hesitasse em confessá-lo, pois aqueles que por largo tempo participam da vida das florestas são mais do que os outros homens, dominados pelo amor-próprio, aprendem este sentimento com o próprio gentio, em quem é fácil reconhecer o poder na constância inabalável com que suportam os tormentos mais cruéis que apraz ao inimigo vencedor fazê-los sofrer.

Caminhamos assim, apesar de mortos de cansaço, cerca de duas léguas ainda. O filho de Lopes viera dizer-nos em segredo que supunha que tínhamos de ir a um reconhecimento até uma volumosa torrente[1]denominada rio das Cruzes[2].

Passagem Rio das Cruzes, Imagem cedida pelo CAT/Jardim/MS. 2004

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Notas de Referências:
[1] NE – Volumoso caudal, córrego, rio
[2] Rio das Cruzes, atual Piripucu.
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a- As indagações entre pai (o Guia Lopes) e o filho (José Francisco) quanto ao caminho

Observamos-lhe que ele parecia dizer que caminhávamos ao acaso. A sua resposta imediata foi que ignorava com efeito para onde íamos, que infelizmente tinha consciência de irmos errado, mas não se atrevia a dizê-lo ao pai, o que seria dar-lhe a entender que já se não sabia orientar nos campos e o respeito para com o pai, para com o chefe da família, que o tinha tanta vez levado nas suas explorações através das solidões, obrigava o moço a guardar silêncio. Este rasgo da vida primitiva devia ficar assinalado; lançou-nos em grande perigo.

Quando o velho soube que duvidávamos da sua capacidade para dirigir-nos, sentiu acerbo[3] desgosto que não pôde encobrir:

__ “Se não fosse a perturbação desse atraso, murmurava ele, a estrada guiar-nos-ia por si mesma, quando se procura cortar campos, não se deve parar”!
O Guia Lopes, conversando com o Coronel Camisão sobre o caminho. Imagem captada do Filme Alma do Brasil, 1932 – Retirada da Laguna. Direção: Líbero Luxardo.

Não consentiu que seguíssemos a indicação do filho; isso equivalia para ele a uma infração das leis da natureza, do direito patriarcal. À noite, que felizmente aproximava-se, opôs-se a que prosseguíssemos ainda por mais tempo em uma marcha evidentemente fortuita[4].

Apenas acampados, aliás, vimos que para nós o dia não acabara; grande provação ainda nos esperava. Os compridos alagadiços que, como dissemos, cortam esta campina haviam deixado a macega[5] parcialmente a arder. Consideráveis áreas ainda havia intatas, principalmente em torno do ponto que atingíramos.

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Notas de Referências:
[3] NE – Amargo desgosto; contrariedade.
[4] NE – Caminho incerto.
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2- Novo incêndio, novo ataque dos paraguaios e recuo

O fogo que acabava de ser-lhe ateado já nos cegava e apropinquava-se[6], desta vez, porém, precedido pelos próprios paraguaios. Calcularam que um ataque vigoroso, obstaria a manobra com que até então nos tínhamos defendido do fogo. A sua infantaria desfilara ao longo de um brejo em que se apoiava o nosso Batalhão Nº. 21º; tendo pelas costas a fumaça que batia-nos de chapa pela frente com o vento que reinava, lançaram-se sobre o flanco da nossa vanguarda. Se esta houvesse fraqueado na primeira surpresa e cedido, provavelmente teríamos todos sido devorados pelas chamas, mas, longe de recuar, com um esforço despertado atirou os inimigos, parte no pântano, parte sobre o seu terrível auxiliar, o fogo, que se aproximava rápido. A perda do inimigo, devia então ter sido grande, pelo menos o capitão Pisaflôres viu, pelas abertas do vento nesse chão de fumaça e de chamas, cavaleiros arrastando à carreira cadáveres ou feridos.

Quanto a nossa vanguarda, reuniu-se a nós, depois de nos haver dado tempo com a sua dedicação de cortar o capim seco e transportá-lo para longe e então, no meio de nós outros, esses homens extenuados a quem podíamos chamar nossos salvadores, caindo de cansaço e de dor, com os rostos queimados, as goelas secas e ardentes, permaneceram largo tempo estendidos no chão, sem voz nem movimento. Três dentre eles não se tornaram a levantar e muitos outros ficaram para sempre doentes e valetudinários[7].
O combatente brasileiro, extenuado pelas chamas do fogo e fumaça incessante. Imagem captada do Filme Alma do Brasil, 1932 – Retirada da Laguna. Direção: Líbero Luxardo.

Os paraguaios, tendo-se formado de novo depois do incêndio, ocupavam uma colina donde nos dominavam e o repouso que nos era tão necessário, tornar-se impossível enquanto nós não desembaraçássemos deles. A nossa artilharia constrangeu-os a buscar a vertente oposta.

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Notas de Referências:
[5] NE -Macegas
[6] NE – Abeirava; aproximava.
[7] NE - Organismo frágil; vulnerabilidade; pouca resistência.
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3- As Forças paraguaias aceleram as provações: as dores, a fome, a sede, falta de fardamento, a carência de tudo

A noite caíra! Havia um luar magnífico, cuja calma contrastava com os clarões sinistros de alguns restos de incêndio que erravam pela campina. Quando os nossos clarins deram então sinal de descanso, os dos paraguaios responderam ao longe, como eco escarninho; pois tudo se nos afigurava insulto aos nossos sofrimentos.

A fome apresentavas-nos com todas as suas torturas! O triste prelúdio dela é um desfalecimento que aniquila a coragem e a vontade. Faltava-nos tudo, estávamos de tudo privado; mal nos podíamos dizer vestidos, oficiais e soldados. Mas a falta de calçado era em razão do hábito, muito menos sensível a estes que aqueles, cujos pés estavam inchados e a verterem sangue. Nessa noite o vento Norte gelava-nos, expostos ao mesmo tempo a um desses orvalhos que já nos tinha feito sofrer bastante, quando podíamos ainda defender-nos sob alguns tecidos de lã.

Estávamos todos de pé muito cedo como costumávamos, mas o nosso Guia continuava a mostrar-se irresoluto, chamava o filho a frequentes colóquios[8], parecendo durante a própria marcha querer abandonar a direção de Leste e dava a entender que só a seguira até então para contornar um pântano. Enfim, de repente, tomou para nordeste.

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Notas de Referências:
[8] NE – Bate-papos; conversas.
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4- O Guia e o Filho, acertando a direção, passagem rio das Cruzes

Os paraguaios, pelo que pudemos conjecturar, ficaram desnorteados com este súbito desvio. Muitos dentre eles subiram a galope a colina em que se achava o seu comandante.

Afinal não tardou que soubéssemos que tínhamos tornado ao verdadeiro caminho. Daí a um quarto de légua achávamo-nos na margem esquerda de uma volumosa torrente que não era mais que o rio das Cruzes, onde teríamos chegado na véspera, a não ser a excessiva deferência do filho e o demasiado orgulho do pai.

Tivemos de parar, pois apesar do rio dar vau, entretanto, as ribanceiras[9] eram tão escarpadas que as carretas não o podiam passar sem um trabalho preliminar bastante moroso. Os corpos da vanguarda e do centro saíram pois da forma e deixando a retaguarda em linha, começaram a abrir rampas nas margens. O Batalhão de Voluntários desempenhou com muito vigor esse importante trabalho, urgidos como estávamos pelos inimigos e um dos seus oficiais, José Maria Borges, de quem os soldados gostavam por amor do seu gênio alegre nos momentos mais críticos, bem mereceu reconhecimento do corpo do exército nessa ocasião. Muito grato em dar-lhe este testemunho de apreço.

Graças a ele e à sua gente a passagem tornou-se praticável às duas horas da tarde.

Estivéramos ali em sério perigo sob os olhos dos paraguaios que teriam podido atacar-nos com sobeja[10] vantagem de um momento para outro.

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Notas de Referências:
[9] NE – As barrancas eram altas.
[10] NE – Real vantagem.
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a- A arte da guerra através dos incêndios

Felizmente e contra toda previsão, conservaram-se imóveis em ordem de marcha, prontos a seguir-nos, enquanto alguns dentre eles procuravam um vau mais acima e outros mais abaixo para, ao aproximarmo-nos, porém fogo no campo. São muito hábeis, como de sobejo o sabíamos já, nessa manobra, que entre eles chega a constituir uma arte, com regras baseadas no conhecimento dos ventos e dos lugares, arte aliás diabólica, quando, empregada como meio estratégico de guerra.
As Forças Paraguaia, souberam aproveitar as condições do relevo, solo, clima, vegetação e aliaram a sua principal arma para deter o avanços das Forças Brasileiras em Retirada. Imagem captada do Filme Alma do Brasil, 1932 – Retirada da Laguna. Direção: Líbero Luxardo.

Provocávamo-los, no entanto, de tempo em tempo, alguma das nossa granadas iam cair no meio deles.

Só não podemos explicar como se haviam desfeito da Artilharia com que teriam podido responder à nossa, cousa que apenas faziam com gritos e vaias.

b- A passagem do rio das Cruzes e novo incêndio nas macegas

Tínhamos, entretanto, ganho a outra margem do rio e apenas ali chegados, tivemos de tomar as nossas providências contra o incêndio que nos precedera e que já se adiantava para nós.

A nossa esquerda apoiou-se no bosque que bordava o rio e cujas árvores felizmente eram de natureza menos combustível. E, na ala direita que também fizera alto, cortou-se e acamou-se o capim desta vez com mais tempo, mais cuidado, mais ordem do que o fizéramos até então. O incêndio aproximou-se e envolveu-nos ainda com horríveis turbilhões de fumo; mas as chamas já nos não ofenderam tanto; e tínhamos todos de mais a mais o caudal a nossa disposição, onde íamos, cobertos de suor, de pó e de cinza, beber e refrigerar-nos.

Extintas as chamas, as nossas peças limparam a planície dos paraguaios que ainda ali se mostravam, e conservando sempre a mata à esquerda, conseguimos avançar alguma cousa para tomarmos melhor posição.

5- Recomeça a marcha

No dia seguinte 17 de maio, o tempo estava nebuloso e frio. O vento açoitava-nos com violentas lufadas[11]; a marcha tornou-se penosa. Tínhamos muitas vezes de costear a macega incendiada que obrigava-nos de tempos em tempos a parar para limpar o chão. Além disso procurávamos também alcançar algum bosque por entre o qual passássemos, não sem obstáculo, pois encontrávamos troncos e paus secos ainda de pé que os machados custavam a cortar; entretanto, víamo-nos apertados pela cavalaria paraguaia na frente, nos flancos e na retaguarda.

O comandante já não tinha paciência. Acusava o Guia, atirando sobre ele a responsabilidade de todas as demoras, mas como as suas exprobrações eram ouvidas com silêncio respeitoso, acabava por acalmar-se a sua natural bondade sobrepujava tudo e com o tom conciliador de quem sofre e compartilha dos infortúnios alheios:

__ “Não nos zanguemos, dizia, estamos expiando os nossos erros”.

Todo esse dia vagamos ao acaso. Lopes perdera toda a iniciativa como todo o conhecimento do terreno. O filho deixava transparecer crescente inquietação, sem proferir palavra. A fadiga dos bois que puxavam a nossa Artilharia tornou-se tamanha que não quiseram ir além e deitaram-se no chão. Fizemos pois alto involuntariamente no meio de um pequeno bosque onde apenas encontramos água insuficiente e má.

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Notas de Referências:
[11] NE – Rajadas.
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6- A presença dos cães entre as tropas paraguaias e brasileiras

Os paraguaios não deixaram de vir à noite acampar a pouca distância de nós e o Batalhão Nº. 21º que formava ainda a nossa vanguarda, teve para logo de sustentar contra eles um fogo de atiradores. Os seus cães, os paraguaios andam sempre acompanhados por uma malta destes animais, latiram horrivelmente à noite inteira. Mal lhes responderam os nossos cães, míseros restos de uma malta a custo disputada à fome dos soldados.
Paraguaios planejam novos incêndios e ataques. Imagem captada do Filme Alma do Brasil, 1932 – Retirada da Laguna. Direção: Líbero Luxardo.

7- A marcha debaixo do aguaceiro e tiroteios

A 18 de maio começou com o dia abundante chuva, que, ensopando dentro em pouco as nossas minguadas roupagens, dispôs-nos tristemente para uma marcha que foi ainda mais lenta do que todas quantas a precederam. A água não caía continuamente com a mesma força, mas havia de tempos em tempos aguaceiros que para logo inundavam o solo, de modo que as carretas ficavam presas e retidas a cada hora nos sulcos que abriam. Era espetáculo digno de compaixão ver o grupo dos infelizes doentes que era preciso pôr no chão debaixo de chuva torrencial e no meio dos rápidos regatos que ela formava.
Carretas ficavam presas e retidas nos sulcos que abriam. Imagem captada do Filme Alma do Brasil, 1932 – Retirada da Laguna. Direção: Líbero Luxardo.

Tivemos após alguns instantes que atravessar um brejo muito extenso e durante a nossa lenta progressão, os paraguaios que se haviam assenhoreado de todas as eminências circunvizinhas, atiraram de contínuo sobre nós, mas sem grande êxito. As suas próprias descargas de pelotão não nos causavam maior dano que os ruidosos clamores e os urros que os acompanhavam. Por vezes chegaram-nos aos ouvidos sarcasmos atirados ao nosso infortúnio:

__ “Venham buscar o nosso gado e fartem-se” !

Algumas balas apontadas por homens ávidos de vingança puniram tais ironias.

Sucedia quase todos os dias que o sol, fraco de manhã após noites glaciais, abria depois com ardor sufocante, variação perene que acabava de arruinar a saúde de todos. Ainda nesse dia espessas nuvens, acumulando-se para Oeste, trouxeram cedo novo dilúvio e converteram em caudalosa torrente uma ribeira já de si mesmo volumosa, que Lopes não nos indicara e que obrigou-nos a terceira parada tão cruel como as anteriores.

Morríamos de frio, estávamos em jejum, e mal tivemos fogo à meia-noite depois de acumularmos muita lenha verde que consumia-se quase sem chamas.

8- A tragédia da fome, a sobrevivência

Nojento espetáculo revelou-nos nesse lugar quanto a fome era medonha nos nossos soldados, ia carnear-se um boi cansado e quase moribundo, ao redor já estava um círculo formado, esperando cada qual com ansiedade que jorrasse o sangue, uns para apará-lo em algum vaso e levá-lo, outros para bebê-lo ali mesmo e no momento esperado, atiraram-se todos a ele, os mais distantes às porfia com os mais próximos. Assim sucedia diariamente.
A fome leva o ser humano, os combatentes brasileiros ao desespero. Imagem captada do Filme Alma do Brasil, 1932 – Retirada da Laguna. Direção: Líbero Luxardo.

O carniceiro[12] mal tinha tempo de cortar o animal e era quase necessário arrancar, os quartos das mãos dos soldados, para levá-los ao lugar da distribuição. Os restos, as extremidades, as entranhas, o próprio couro, tudo era partido, despedaçado ali mesmo e para logo devorado, mal assado ou cozido, repugnante pasto de que não podia deixar de provir alguma epidemia.

Na manhã do dia 19 de maio, o major Borges começou a lançar sobre a caudalosa ribeira, tomada em rio estreito mas profundo, uma como ponte colocada às pressas, que experimentada não apresentou solidez bastante, por ser obra de trabalhadores ainda mais enfraquecidos pela fome que desprovidos de ferramenta, julgou-se necessário reforçá-la com um enorme tronco de aroeira que se encontrou na vizinhança. Só então a Artilharia pôde passar sem acidente.
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Notas de Referências:
[12] NE – Termo empregado na época para designar a pessoa responsável para abater, matar o gado bovino que servia para a alimentação.
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9- A última carreta

Uma carreta única a seguia com a marcha. Tínhamos queimado as outras durante a noite para alimentar os fogos que nos garantiam de completo entorpecimento e esse mesmo só fora poupado por ser indispensável ao transporte dos nossos feridos de uma para outra margem do rio.

10- A situação das mulheres e crianças

A margem a que chegávamos estava inundada e os desgraçados inválidos ainda ali foram várias vezes atirados dentro d'água e levantados em braços para serem postos em acomodados em padiolas ou cangalhas[13]. As mulheres que acompanhavam o exército, copiadas na cabeça da ponte em número de setenta e uma, estavam a pé, com exceção de duas montadas em burros e iam quase todas carregadas com crianças de peito ou pouco mais velhas.
Mulheres e crianças agregadas as Forças brasileiras. Imagem captada do Filme Alma do Brasil, 1932 – Retirada da Laguna. Direção: Líbero Luxardo.

Uma delas passava por haver procedido como heroína, apontavam-na um paraguaio encarniçava-se contra ela para arrancar-lhe o filho que tinha nos braços, apanhou de um salto uma espada caída no chão e matou ali mesmo o assaltante. Outra mais infortunada, tivera o filho recém-nascido despedaçado ao meio por um inimigo que lhe agarrara pelas pernas.
Mulheres e crianças agregadas as Forças brasileiras. Imagem captada do Filme Alma do Brasil, 1932 – Retirada da Laguna. Direção: Líbero Luxardo.

Tinham todas impresso no semblante o estigma do sofrimento e da mais extrema miséria. Algumas vinham ainda carregadas com os objetos provenientes do saque, mantos, ponches, pesadas espadas paraguaias, baionetas e revólveres.
Mulheres e crianças agregadas as Forças brasileiras. Imagem captada do Filme Alma do Brasil, 1932 – Retirada da Laguna. Direção: Líbero Luxardo.

Caíra à noite. Achávamo-nos apenas em frente do nosso acampamento da véspera, mas era muito para nós ter atravessado o rio.
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Notas de Referências:
[13] NT - Este meio de condução, muito empregado nas guerras d'Argélia pelos franceses, prestou bons serviços á expedição de Mato Grosso.
NE - Na primeira tradução estão os termos: liteiras ou em cacolets. O mesmo na edição francesa de 1891, litières ou sur des cacolets.
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