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24 de outubro de 2015

12 VÍDEOS DOS EVENTOS DA 11ª JORNADA CULTURAL DA RETIRADA DA LAGUNA 2015



12 VÍDEOS DOS EVENTOS DA 11ª JORNADA CULTURAL DA RETIRADA DA LAGUNA  2015
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FINALIDADE PRINCIPAL:

Preparação para a comemoração dos 150 anos do Episódio da Retirada da Laguna -  1867 - 2017;

Comemora a revitalização da área do Memorial do Cemitério dos Herios,

Rememorar alguns eventos através de encena

Explanação Histórica E Encenação Dos Eventos Ocorridos Na Região Da Epopeia Da Retirada Da Laguna.

Travessia Do Rio Miranda.

Caminhada Pela Trilha Até A Sede Da Fazenda Jardim.

Palestra Do General Lourival.

Exposição Do Cineasta... Para A Produção Do Filme Retirada Da Laguna.

Primeira Reunião Preparatória Para A Organização Dos 150 Anos Da Retirada Da Laguna Em 2017 (2ª Parte – 19 De Setembro 2015 Em Nioaque).

Inauguração do Monumento em Homenagem ao Coronel Pedro José Rufino, na Praça da cidade de Nioaque.

Encenação de de Episódios da Guerra do Paraguai e ocupação de Nioaque pelas tropas do Paraguai.

ENTIDADES PARTICIPANTES:

DPHCEX
CMO
4ª BRIG. C. MEC
10º REG. CAV. MEC.
9º GAC
4ª CIA. E. CMB. MEC.
UFMS
UEMS
UCDB
CADEF
FUNDAÇÃO DE CULTURA E TURIMOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PREFEITURAS  OU REPRESENTANTES  BELA VISTA, JARDIM, GUIA LOPES, NIOAQUE, ANASTACIO, DOURADOS, CAMPO GRANDE
GEOPAK

Alunos, Acadêmicos, Historiadores, Pesquisadores, Escritores, Descendentes, Do Guia Lopes E Pedro José Rufino, Representantes Eclesiásticos, Militares Da Ativa, Reformados, Proprietários Fazenda Jardim E Monteiros Doadores Da Área Do Cemitério Dos Heróis. Autoridades civis, militares, eclesiásticas, Órgãos públicos.

PAISAGISMO DE REVITALIZAÇÃO

1  Delimitação da área com cerca externa, base de concreto, tijolos, esteio base de concreto, revestido com tela e arames.

  Dois portões de entrada, um grande e um pequeno com material  canaleta. Sendo no portão principal contendo dois símbolos semelhante flâmula de um estandarte.

   No patio interno três divisões:

a.   uma permite estacionamento de veículos;
b.   uma segunda divisão patio interno com pequenas muretas, um portal de entrada, ao lado um monumento com uma placa alusiva com os dizeres:.....;

Do lado esquerdo o Brasão da 4ª BDA. C. MEC.
Do Lado Direito o Brasão da 4ª Cia. E. Cmb. Mec.

Titulo:

INAUGURAÇÃO DA REVITALIZAÇÃO DO CEMITÉRIO DOS HERÓIS

“Com Apoio do Departamento de Educação e Cultura do Exército, com emprego de Recursos da Diretoria do Patrimônio da Cultura do Exército, dos apoio da Prefeitura Municipal de Jardim, do Sr. Irson Cassanova, da Empresa Calcário Bodoquena, o sonho virou realidade.

Na certeza de honrar os feitos Históricos daqueles que marcaram este lugar com seu nome, a 4ª Companhia de Engenharia de Combate, se mantem responsável pela manutenção e preservação desse santuário na certeza de que todo o esforço realizado nunca será igual ao daqueles que compuseram a Coluna Expedicionária comandada pelo Coronel Carlos Moraes Camisão.

Projeto:
Gel. Div. Lourival Carvalho da Silva e Maj. Eng.  Niedson de Carvalho Mendonça.

Jardim- MS, 18 de Setembro de 2015

Gen. Ex Paulo Humberto Cesar de Oliveira
Cmt. CMO

Gen. Bda. Rui Yutaca Matsuda
Cmt. 4ª Bda. C. Mec

Gen. De Bda. Walter Nilton Pina Stoffel
Dir. DPHCEx

Maj. Eng. Carlos Alberto Galvão Magalhães
Cmt. Da 4ª Cia. E. Cmb. Mec.”

c. uma calçada revestida de lajotas de pré-moldado de cimentos, com uma coluna de meio fio conecta como um corredor até a terceira parte onde constitui especificamente a área do cemitério.  Margeando a calçada passarela há fileira de palmeira nativa, bacuri até a metade do caminho. Também do lado direito da entrada,  foi erguida uma cruz de concreto, sob uma base tabular. Também margeando a calçada passarela entre as palmeiras foi feito um revestimento com cobertura de gramínea, próprias para jardins e praças.

d.   No terceiro patio, onde de encontram as catacumbas e sepulturas de outras pessoas, até o momento não catalogadas, nos espaços onde não circulam as pessoas, área de terra, onde antes estava revestidas por algumas cruzes de madeiras, foram agora totalmente substituídas por cruzes em moldes de concreto, totalizado o numero de.............. cruzes.  Representando todos os combatentes que faleceram no decorrer do conflito e de alguns civis que moraram na região e foram sepultados nesta área, antes da fundação das cidades de Guia Lopes da Laguna (1938) e Jardim (1942) quando então passaram a ter um espaço reservado como Cemitério Público.

Também em torno da área considerada as Catacumbas, fora revestida por nova composição de gramínea de jardinagem.

O local destinado as cruzes que antes era revestido por terra pura, agora fora recoberta por gramínea de Jardinagem.

O espaço para circulação  de pedestres entre as cruzes, as sepulturas e monumentos, mantem o revestimento antigo feito por pedras, granito, organizada na época do primeiro mandato do Prefeito Coronel José Vicente Sactis Pires, também ex-comandante da antiga CER-3, atua 4ª Cia. E.Cmb. Mec.

Também houve a revitalização das três placas afixadas no monumento, construído para o primeiro Centenário do final  da Guerra a Tríplice Aliança e o Paraguai, em março de 1970, com haste para hasteamento da bandeira cuja forma representa uma flamula....

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A primeira placa é uma alusão ao Centenário do termino a Guerra:

Ao 1º CENTENARIO GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA

* 1870 – 1970 *













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A segunda Placa é uma alusão aos 122 anos da marcha da Expedição que culminou com a Retirada da Laguna:

                   CONSTANCIA E VALOR

* JUNHO 1867 – OUTUBRO DE 1989 *












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A terceira Placa é alusiva a Primeira Marcha Civica Cultural dos Tempos Modernos, percorrida a pé entre Laguna Paraguai a Nioaque, no ano de 1999.
         RETIRADA DA LAGUNA
        
         18 DE JULHO DE 1999
         4ª CIA. E. CMB. MEC.















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CERIMONIAL:

11ª JORNADA CULTURAL DA RETIRADA DA LAGUNA 18 DE SETEMBRO DE 2015

A primeira Parte: (Ver fotos e Vídeos)
 Cerimonial na entrada foi o descerramento da placa na entrada para o segundo compartimento da área.

A Segunda Parte: (Ver fotos e Vídeos)
Deslocamento dos participantes pelo calçamento revitalizado até o segundo compartimento para solenidades. Este Deslocamento dispunha de tres espaços: Do lado direito um espaço onde foi representado a ação do Guia Lopes, José Francisco Lopes até o seu desenlace físico. Do lado direito, uma pequena cabana coberta de capim, com uma pequena escrevaninha, um livro, e o Capitão Matos representando o autor do Livro a Retirada da Laguna, entre outros e engenheiro das tropas,  Visconde de Taunay. e Por fim, proximo ao portão de entrada ao terceiro compartimento, o Cemitério, do lado Direito, abrigos cobertos e cadeiras para as autoridades participantes da solenidade. Em toda a area havia soldados caraterizados com uniformes, armas, bandeiras do exercito brasileiro do tempo do Império e da Guerra.


A Terceira parte: (Ver fotos e Vídeos)
Constou da leitura do memorando alusivo ao evento e a narrativa dos episódios históricos ocorridos no local, que deu a origem ao Cemitério, de acordo com Taunay.

A Quarta Parte: (Ver fotos e Vídeos)
Constou de um Ato Religioso, celebrado pelo Bispo da Diocese de Jardim, com orações, bençãos e aspersão de água benta pelo local das sepulturas.

A Quinta parte: (Ver fotos e Vídeos)
A colocação de uma coroa de flores, no monumento destinado ao hasteamento de Bandeira e fixação de placas. Participaram Alem dos Generais, o Maj. Magalhães e Renato Francisco Lopes, neto do Guia Lopes.

A Sexta Parte: (Ver fotos e Vídeos)
Constou da participação do Capitão Matos, caracterizado. como Taunay, narrando a sua participaçáo na Guerra e na escrituração dos episódios.

A Sétima Parte: (Ver fotos e Vídeos)
Constou da visitação ao Cemitério propriamente dita, no quarto compartimento, junto aos túmulos. Junto ao túmulo que representa, onde esteve sepultado  o Coronel Camisão e Coronel Juvêncio, foi feito uma explanação pelo Capitão Matos, como ocorreu o desenlace físico dos dois, vitimados  pela cólera.

A Oitava Parte: (Ver fotos e Vídeos)
Constou de narrativas do Capitão Matos e representação por um ator, caracterizado como "O Guia Lopes", narrando um pouco sobre sua história e consequentemente o seu falecimento e sepultamento,  isto dentro da áreas que compreende os espaços do Memorial do Cemitério dos Heróis da Retirada da Laguna.~

A Nona Parte: (Ver fotos e Vídeos)
Constou do deslocamento dos participantes e autoridade do local do Cemitério do Heróis, uma uma estrada margeada de matas até um ponto, da margem esquerda do Rio Miranda, denominada de Passo do Miranda, onde encontra-se um marco Histórico. Dispunha de um Canhão e Armão artesanal, representando uma das peças da artilharia, um soldados caracteridos com uniformes da época. Durante o percursos houve representação de combates com tiros na mata, solados feridos.


A Decima Parte: (Ver fotos e Vídeos)
A margem esquerda do rio Miranda, denominado Passo, local aproximadamente a uns 500 metros abaixo, do antigo passo onde se fazia a travessia entre as duas margens do Rio.  A margem esquerda pertence ao Municipio de Jardim, (parte da área da antiga fazenda Jardim) e a margem direita, atual município de Guia Lapes da Laguna, parte da sede antiga da Fazenda Jardim, onde morava o Guia Lopes de Família na ocasião da Invasão Paraguai. Representação da peça de canhão da artilharia brasileira que caiu no fundo das aguas do rio Miranda durante a tentativa de passagem das margens.  Homenagem ao soldado Damazio, que arriscou a vida mergulhando para alçar cordas para recuperar o canhão. Na ocasião o rio estava caudaloso e correnteza muito forte, a ponto que outros militares foram tragados pelo rio e morreram afogados. 31 de maio de 1867. Narração Capitão Matos (figurante Taunay).

A Decima Primeira Parte: (Ver fotos e Vídeos)
Travessia do Rio Miranda através da Ponte Móvel, na margem esquerda à direita, Cemitério dos Heróis a Fazenda Jardim.


A Decima Segunda Parte: (Ver fotos e Vídeos)
Caminhada pela trilha ladeada de matas, margeando o Rio Miranda em direção a sede da antiga Fazenda Jardim.  No trajeto foi marcado por eventos tais como: tiros na mata; som ambiente artificial como fundo musicas; soldados brasileiros posicionados para ataque com uniforme do militar do império; soltados brasileiros feridos ou mortos trajes a caráter da época; trajes de soldados paraguaios e ou montagens; patrulhas percorrendo á pé e a cavalo.

A Decima Terceira Parte: (Ver fotos e Vídeos)
Acampamento brasileiro montado simulando diversos eventos tais como:
Os Doentes Colericos;
Corpo de Caçadores a Cavalo:
laranjas;
Acampamento e tropas de Cavalaria, sob comando de Rufino.
O Comandante  Capitão Pedro José Rufino, narrando sua história; ações do seu Corpo de Cavalaria durante os Episódios da Guerra:
Major Tomaz Gonçalves, anunciando as mortes dos comandantes, narrando sua história, acoes bélicas, assumindo o comando das Tropas; apresentação das tropas por Rufino; plano de retirada e marcha para Nioaque.

A Decima Quarta Parte: (Ver fotos e Vídeos)

Encerramento dos eventos cívicos culturais.  Deslocamento até a sede da fazenda Jardim, de propriedade de Joelson Padilha e familia. Por fim serviu-se um coquetel, nas dependencia do espaço de eventos "Comitiva Sertaneja, na Fazenda.

A Decima Quinta Parte: (Ver fotos e Vídeos)
A noite, nas dependências do quartel da Da 4ª Cia. E. Cmb. Mec. foi apresentada os eventos:
Palestra do General Lourival, falando sobre a Guerra do Paraguai em contexto Geral, Tropas Brasileiras e a Retirada da Laguna; as consequências da Guerra; os desafios atuais do Brasil e Mundo.
Exposição do Cineastra, do estado de São Paulo, apresentando a proposta do projeto para a produção do Filme a Retirada da Laguna, cujo o foco está centrada na realidade, nos seres humanos, nos homens, nos exemplos e não nos heróis, mitos, romance.
SECTEI/MS se responsabilizará também em auxiliar o Cineasta Rebelo no Andamento da produção do filme Sobre a Retirada da Laguna, que teve sua proposta apresentada na cidade de Jardim no dia 18 de setembro de 2015.

Finalizado com um Jantar.


***

FINALIDADE
            
               Esta solenidade tem por finalidade, realizar a inauguração da revitalização do Cemitério dos Herois da Retirada da Laguna e os preparativos para a comemoração dos 150 anos da Retirada da Laguna em 2017 com a participação de uma força tarefa de uma equipe multidisciplinar cujas propostas foram extraidas no encontro do dia 19 na cidade de Nioaque.

            "Este ato faz parte de um projeto cultural da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, iniciado em 2012, que tem os seguintes objetivos:

- Homenagear todos aqueles que derramaram seu sangue em defesa de suas pátrias, durante a Guerra da Tríplice Aliança.

- Divulgar a Retirada da Laguna, fomentando o interesse por este importante episódio histórico, contribuindo para o estudo da história, no Brasil;

- Proporcionar uma adequada e fácil identificação dos locais, de grande relevância histórica, ligados a essa epopeia; e

- Criar novas atrações turísticas e culturais na região.

            Sua concepção está sendo balizada por uma meticulosa pesquisa histórica e geográfica, com base em documentos e publicações da época. E sucedida por uma minuciosa busca por artefatos metálicos, extraviados por tropas brasileiras e/ou paraguaias, durante a retirada.

            Essa pesquisa pretende chegar o mais próximo possível do provável itinerário percorrido durante aquela fatídica Epopeia. E para que, futuramente, não se percam as referencias, este projeto pretende implantar 117 marcos padronizados de concreto, a cada 2 Km, em média..."

           

 SINOPSE HISTÓRICA DA ESTRADA DO JARDIM.

                        A leitura de alguns trechos retirados dos seguintes livros do Visconde de Taunay: A Retirada da Laguna, edição de 1874 e Reminiscências, edição de 1908.

            No dia 26 de Maio de 1867, 130 moribundos de cólera haviam já sido entregues à generosidade da sorte e dos paraguaios, que não lhes pouparam as curtas horas de vida; não tínhamos mais bois de carro, para comer, mais pólvora e mais esperança. (Taunay, Reminiscências, 1908, 

A marcha desse dia era decisiva. Íamos sair da zona desconhecida, e a todo o transe urgia alcançar a fazenda do Jardim, onde se achariam laranjas para matar a fome, e talvez gado! 

Aliviados do peso dos doentes, que nessa manhã mesmo, haviam ficado abandonados no pouso do Prata, nossos soldados andavam aguilhoados por pungente desespero.

O Sol era ardente: os campos abertos e vastos. 

A coluna formava um grande quadrado. Na frente, ao longe, viam-se grupos de cavaleiros vestidos de encarnado, à retaguarda outros mais compactos. 

De vez em quanto escoava um tiro isolado, ou então apertava o tiroteio, a que se unia a voz grave de um dos nossos canhões. Quando não, caminhava-se em silêncio, ouvia-se o vozear dos carreiros a tangerem os poucos e magros bois, que vinham ainda puxando as nossas peças de artilharia.

O quadrado brasileiro levava, em seu seio, a morte e o desalento. As carretas da artilharia iam atulhadas de moribundos. Num carro manchego, o Coronel Camisão estava deitado a fio comprido, com o chapéu sobre os olhos, ao lado do Tenente Sílvio, que, nas vascas da agonia, rolava por cima do corpo de seu chefe e sobre ele vomitava; noutras carretas Juvêncio, Vicente, Miró, oficiais e praças, mortos ou a morrer, sacudidos por dolorosos solavancos. 

De vez em quando caiam por terra soldados até então válidos, e a custo agarravam-se a alguma carreta ou resignadamente ali ficavam à espera dos paraguaios e dos urubus. 

Na frente dessa força, verdadeiramente fantástica, mais cadáveres ambulantes, do que homens, caminhavam. A cavalo, destacando dela e curvado sobre o selim, um velho. 

Era o Guia, José Francisco Lopes, que puxava atrás de si toda aquela gente por sertões que só deus e ele conheciam. 

Na véspera morrera-lhe o filho mais velho; agora vinha ele, abatido, com os olhos encovados, reconhecendo em mil sinais familiares, para a cansada mente, a aproximação da sua casa do Jardim. 

Faltava pouco para que sua missão fosse cumprida; uma légua, se tanto, e o desconhecido do deserto desapareceria para sempre, e a frente pisaria em estrada trilhada e segura. 

A marcha era lúgubre, tanto mais horrível, quanto a beleza das perspectivas. A louçaria da natureza fazia contraste com tamanhas desgraças. Tudo sorria ao redor de nós. Entre nós só as cores de nossas bandeiras respondiam a esse bafejo de alegria. 

Cheguei-me para perto de Lopes. 
- Doutor, disse-me, olhe para ali. Meu gado manso vinha pastar naquele barreiro. 

- Olhe para este campo de um verde carregado; é o meu retiro, não chegarei lá”.

- Daqui a pouco, vocês estarão vendo o cercado e dentro em breve estarão em Nioac. 

O velho tentou sorrir e disse. 
- Quanto a mim sinto que minha vez está chegando. 
Mal pronunciara estas palavras, os estribos lhe faltaram e com surdo gemido caio do cavalo abaixo. 

Estava com o cólera. Era um companheiro a mais, para os infelizes que se contorciam de câimbras em cima das duras tabocas dos cofres da artilharia. 

E, encolhendo-se todo, cobriu a cabeça com um trapo de manta. 

Pouco, muito pouco faltava para que se chegasse à estrada, entretanto ninguém sabia mais como dirigir a coluna. 

Gabriel Francisco, genro de Lopes, que estivera já nesses campos, esquecera-se das localidades. Suas indicações eram duvidosas; às vezes mostrava as reminiscências. 

Numa ocasião tentou atravessar uma mata e fez parar a coluna. 

 O velho Lopes levantou a cabeça. Seus olhos empanados cobraram brilho, e ele fez sinal com a mão para que viessem ouvi-lo. 

- Rodeiem o cerrado, ordenou, porque é muito sujo. Por trás, fica logo à direita, o Retiro.
Cumpriu-se a ordem e, em uma das mais esplendidas tardes, que jamais vi, chegamos de fronte a colina junto da qual está o retiro, antigo lugar onde se reunia o gado da estância, que Lopes mostrara-nos de longe, pouco antes.           

O sol declinava; grandes raios alaranjados saiam-lhe do disco no fundo do horizonte e realçavam o mais admirável panorama, tão esplendido que ainda hoje o representa a memória. Essas belezas eternas da natureza tornavam ainda mais pungente para nós o sentimento de nossa ruina próxima, e absorvia-nos esta contemplação, quando um esquadrão paraguaio apresentou-se a galope com evidente intenção de cortar-nos, em algum ponto, a nossa linha desigual e interrompida: mas, tendo toda a força feito alto, como por si mesma, vimo-nos preservados desse ataque . 

Acampamos nesse mesmo lugar, tendo feito quatro léguas de marcha forçada, privados como estávamos de alimentação e de sono; a necessidade coagia-nos, penetramos no fechado do retiro.

O Coronel Camisão, o Tenente-coronel Juvêncio e o nosso guia Lopes foram acomodados em um rancho arruinado, perto do qual se acenderam grandes fogueiras para ver se lhes restituíamos o calor. Alguns limões e laranjas que lhes trouxeram, acalmaram-lhes um tanto a sede.

Na manhã do dia 27, os inimigos aproximaram-se ainda de nós, parecendo querer atacar-nos na passagem do regato a que o retiro dá o nome de Cachoeirinha; mas contiveram-se diante da atitude do 17° Batalhão de Voluntários que formava a nossa retaguarda, e a marcha recomeçou como na véspera. O coronel Camisão, já sem voz, era levado encima de um armão de peça, Lopes encima de outro, o tenente-coronel Juvêncio em uma rede, bem como muitos outros oficiais e inferiores. Tinham morrido três deles no pouso do retiro"..

         FOTOS:  
1. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO DA PLACA ALUSIVA A REVITALIZAÇÃO










  2. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO DO NOVO CRUZEIRO E  PASSARELA DE ACESSO AOS TÚMULOS












 3. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO CAPITÃO MATOS CARACTERIZADO DE VISCONDE DE TAUNAY





  4. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO VISTA DO CEMITÉRIO DOS HERÓIS











  5. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO AUTORIDADES










6. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO COROA DE FLORES. RENATO FRANCISCO LOPES, NETO DO GUIA LOPES, MAJ. MAGALHÃES













 7. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO ATO RELIGIOSO, BISPO DIOCESE DE JARDIM

Dom João Gabriel de Moura













 8. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO VISITAÇÃO AOS TÚMULOS REVITALIZADOS


















   9.  CERIMONIAL INAUGURAÇÃO DRAMATIZAÇÃO DA VIDA E MORTE DO GUIA LOPES






















 10. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO VISTA DAS MATAS EM TORNO DO CEMITÉRIO



 11. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO BANDA QUARTEL DE BELA VISTA E RETIRADA DO CEMITÉRIO









 12. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO CAMINHO NA TRILHA PARA O PASSO DO JARDIM, MARGEM DO RIO MIRANDA






 13. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO NO PASSO DO JARDIM, MARGEM ESQUERDA DO RIO MIRANDA - JARDIM-MS.























 14. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO CAMINHO TRILHA MARGEM DIREITA RIO MIRANDA, FAZENDA JARDIM - GUIA LOPES DA LAGUNA-MS.















 15. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO ACAMPAMENTO CAVALARIA BRASILEIRA, EVENTOS, COLÉRICOS; PEDRO JOSÉ RUFINO, MAJ. TOMAZ GONÇALVES, LARANJAS, PLANO DE MARCHA À NIOAQUE
































 16. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO COQUETEL NA FAZENDA JARDIM, LOCAL COMITIVA SERTANEJA













17. CERIMONIAL INAUGURAÇÃO EVENTO À NOITE, 4ª CIA.E.C.MEC. PALESTRA MILITAR; APRESENTAÇÃO DO PROJETO DO FILME RETIRADA DA LAGUNA, SECTEI/MS se responsabilizará também em auxiliar o Cineasta Rebelo; JANTAR AOS CONVIDADOS