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14 de maio de 2017

O CAMINHO EM RETIRADA DA LAGUNA - 04 - MARCHAS E COMBATES 11 e 12 DE MAIO 1867

CAPITULO XIII

AS FORÇAS EM OPERAÇÕES AO SUL DA PROVÍNCIA DE MATO GROSSO

Em marcha de Retirada, a Escolha do novo caminho.  De Nhandipá ao pouso na cabeceira do José Carlos, dia 11 a 12 de maio 1867




1- A Retirada, as razões sobre escolha da nova rota, ao invés da Colônia de Miranda, optou-se pela Estância do Jardim



a- A opção pelo novo caminho, a sugestão de Lopes

A estrada que tínhamos diante de nós dirigia-se para leste e depois de seguir cerca de seis léguas[1] nesse rumo, voltava na direção de norte até a colônia de Miranda, completando assim as quatorze léguas que nos separavam dali, às quais cumpria ainda juntar mais dez até o Nioac. Só aí, a vinte e quatro léguas da fronteira, podíamos esperar refazer-nos de gado; e pelo menos precisávamos de quinze dias para transpor essa distância, na marcha em que viéramos até ao Apa.

O inimigo conhecia perfeitamente esta estrada e já estava na nossa frente. Devia entrar muito antes de nós em Nioac e fazer-nos porventura deparar aí a ruína ao cabo de todos os nossos esforços.

Logicamente tal caminho era impraticável. Recordaram-se então alguns de que no tempo em que se tratava da invasão do território paraguaio e da melhor direção a seguir para alcançá-lo, Lopes propusera como preferível a qualquer outra, a passagem pela sua estância do Jardim, situada três jornadas a sudoeste de Nioac, tendo ele próprio, dizia, vencido facilmente essa distância em dois dias e meio e não teríamos daí até à fronteira do Apa, mais de seis dias de marcha pela planície. Quanto à este último trajeto que conforme ele asseverava, quando pela primeira vez deliberávamos acerca desse ponto, devia pôr-nos inopinadamente defronte do forte de Bella Vista, tinha insistido sobre a necessidade de um reconhecimento dos lugares a que procederíamos rapidamente, dois ou três com ele, montados em bons animais, mas foi então impossível conseguir que se examinasse seriamente essa proposta; tinham-na considerado como abusão apenas existente na imaginação do guia; se por ai houvesse passagem, diziam, os paraguaios, excelentes mateiros, andando de contínuo de uma para outra parte, conhecê-la-iam por certo. Ao que Lopes respondera de contínuo:

__ “Só se meu filho lhes ensinou! Porque só Deus, eu e ele, podemos ir da minha estância ao Apa pelos campos”. 

Riram-se e não se tornou a falar nisso!
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Nota de Referências
[1] NE – Uma légua é uma medida itinerária equivalente a 3.000 braças ou 6.600 metros. O mesmo que légua de sesmaria. Braça é uma antiga medida de comprimento equivalente a 2,20 metros. Apesar de antiga, atualmente ainda é usada e compreendida por muitos trabalhadores rurais e outras pessoas envolvidas com o meio rural. Ao conjunto de 3.000 braças se dá o nome de légua. 6 x 6.600 = 39,6 km e 14 x 6.600 = 92,4 km. Adaptado de: https://pt.wikipedia.org. - http://doc.brazilia.jor.br/HistDocs/Medidas-antigas-nao-decimais.shtml - data 01 fev. 2017
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b- A análise do novo caminho sugerido pelo Guia Lopes

Mas, nas circunstâncias em que nos achávamos, o coronel, informado da passagem dos paraguaios para a margem norte do rio e até de um acampamento que eles aí tinham já assentado, foi o primeiro a tornar a falar ao velho guia na comunicação pela sua estância. Este respondeu com muita frieza que indicara noutro tempo é verdade esse caminho, mas que então aconselhara também que se mandasse de antemão explorar o lugar cousa que não lhe fora concedida e que agora já era tarde. 

Entretanto, depois de alguns momentos de silêncio, acrescentou, depois de satisfazer o seu ressentimento, que tudo bem considerado não achava impossível uma tentativa nesse sentido, que a macega[2] havia por certo de incomodar bastante o trânsito, que apesar disso continuava a crer que em menos de uma semana estaríamos na sua estância, onde descansaríamos e nos restabeleceríamos com as suas laranjas; pois esta fruta, na sua opinião, tinha inestimável valor para a saúde, por isso, sempre que fora ao Jardim para prover-nos de gado, trouxera-nos grandes sacos dela, por estarem então os pés carregados, como ainda deviam estar.

Pessoalmente, fôramos outrora da minoria que opinava em favor do itinerário pela estância de Lopes, tendo em vista a vantagem de assim alcançarmos mais rapidamente o território paraguaio e o que fora então mais acertado para a agressão, continuava a sê-lo para a retirada; não havia hesitar.

A maior parte dos oficiais pronunciou-se também por esta marcha sob a direção do Guia, o qual tornou a afirmar e deu a sua palavra que em cinco ou seis dias estaríamos no Jardim e que depois gastaríamos ainda dois ou três até Nioac, podendo anteciparmo-nos ao inimigo. Este plano foi adotado pelo comandante.
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Nota de Referências
[2] NE – Macega, macegal no proximo capitulo há uma conceituação sobre este tipo de vegetação.
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c- A Retirada, as esperanças sob o comando do sertanista, o Guia 

Foi ainda um bonito dia para José Francisco Lopes!

A opinião dos soldados era toda em seu favor, assim como a dos oficiais e a do chefe. Todos de comum acordo investiam-no para esse fim com certa solenidade, de quase ilimitada autoridade; a pública necessidade e a lei suprema da salvação tornavam-no como um ditador. 

Nobre e digno ancião, eventualidades que se não podiam prever, vedaram-te de desempenhar completamente a tua palavra para conosco, em todas as condições em que a deste! Dorme, no entanto, em paz debaixo da tua cruz de pau. Ainda quando te tivesses completamente enganado e nos houveras deitado a perder, a tua boa-fé, o teu valor, a tua grandeza moral bastariam para justificar-te e absolver-te, mas não te enganaste! Salvaste-nos e morreste por nós, como Moysés pelos seus, à vista dos teus lares, da mesma arte que ele à vista da terra da promissão!

d- A Retirada, quatro razões pela escolha do caminho pela Estância do Jardim

Tínhamos tudo a ganhar tomando a estrada do Jardim:

Primeiro, podiam os nossos comboios escapar ao inimigo empenhado em perseguir-nos em outra direção e tratava-se não só dos mercadores que tinham parado na Machorra a nossa espera, mas também dos que, na suposição de que a nossa coluna estava cortada ou já perdida, retrocediam penosamente para Nioac; 

Segundo, tínhamos a possibilidade de algum abastecimento em distritos desertos em que há sempre animais errantes, ainda longe das fazendas; 

Terceiro lugar, tínhamos a nosso favor uma série de encostas a seguir, cobertas de matas que ao menos em parte neutralizariam o efeito das armas mais danosas em uma retirada, a cavalaria, com a desigualdade do terreno também coberto de florestas e a artilharia, por isso que a nossa, com a dianteira que tomávamos, devia ser sempre a primeira a ocupar todas as posições de algum valor estratégico. 

Quarto enfim, por esse caminho da Estância de Lopes, havia apenas um largo rio que atravessar, o Miranda, enquanto que, pelo caminho ordinário, além desse, encontraríamos outros muitos em nossa frente, alguns porventura pouco volumosos, mas com certeza três consideráveis, o Desbarrancado, o Santo Antônio e o Feio, que as menores chuvas engrossavam desmedidamente.

Podia-se dizer, é certo, que um desagradável efeito de nos desviarmos do caminho batido seria persuadirem-se os paraguaios de que procurávamos escapar-lhes pela fuga e amesquinhar-se assim a boa opinião que lhes deviam ter dado de nós os últimos combates; mas essa aparente desvantagem vinha apenas, pelo contrário, secundar por um momento o desejo que tínhamos de salvar os nossos comboios da perseguição do inimigo atraindo-o para nós, não nos inspirava receio. 

O que certamente nos devia inquietar era empenharmo-nos em lugares ainda não explorados, cheios talvez de todo o gênero de obstáculos inesperados, no meio do emaranhado da macega, que nada deixa ver à distância de alguns passos, que é preciso ir continuamente cortando e que, quando está seca, como então estava, torna o serviço penoso e arriscado. De resto, qualquer ideia de perigos e dificuldades secundarias não tinha valor diante da necessidade que nada urgia; haviam-no todos compreendido: um só caminho de salvação se nos abria.

2- A Retirada, marchando buscando o novo rumo

Íamos logo aos primeiros passos evitar uma planície de meia légua cujo solo a água das últimas chuvas ainda cobria, de modo a deixar apenas estreita passagem onde nos conservaríamos muitas horas sob o fogo do inimigo.

A uma hora da tarde pusemo-nos em marcha. 

Os oficiais iam no centro dos seus batalhões. 

O comandante com uma parte do seu estado-maior estava no quadrado do Batalhão Nº. 20º. 

Ao entrar nele, dissera em tom jovial ao capitão Paiva:

__ “Venho meter-me aqui entre os senhores! Nem por isso nos defenderemos pior que os outros”. 

Tínhamos apenas feito assim um quarto de légua e já o fogo dos paraguaios começava de cima de uma eminência que dominava o lugar do combate da manhã, apanhando os nossos quadrados a descoberto; o que obrigou-nos a uma evolução em colunas. Esta manobra que aliás surtiu bom efeito, devia ter-lhes feito ver a conveniência de empregar contra nós, em sucessão constante, a artilharia para bater os quadrados e a cavalaria para nos atacar à espada apenas nos formássemos em colunas. Felizmente nada do que viam abriu-lhes os olhos, e saímos desse mau passo sem maior dano. 

a- Deixando a estrada da Machorra, marchando para a Estância do Jardim

O nosso Guia, que marchava na vanguarda, deu-se pressa por mero instinto militar e sem que tivesse recebido comunicação alguma em pôr em prática o seu conhecimento do terreno fazendo-nos deixar de repente a estrada da Machorra, inclinando-se para a esquerda e por meio de uma contramarcha súbita, levando-nos para junto de uma eminência onde nos sentimos fortes por termos facilidade de assestar aí uma bateria, se assim fosse necessário. 

Aliás apenas Lopes não enxergou nisso, inconveniente, tornou a meter-nos na direção do Norte, por uma subida muito suave.

b- A nova estratégia, confundindo as tropas do Paraguai

O inimigo pareceu-nos então duvidoso acerca do que lhe convinha fazer. A sua perplexidade era visível, crescido número de cavaleiros corriam de uma para outra parte na planície. 

Dirigiam-se grupos para a bateria onde era evidente que estava o comandante; as peças pareciam seguir o nosso movimento, a proporção que subíamos a encosta por onde nos levava o guia. Foi de resto a última vez que se mostraram, não as tornamos a ver ou porque os inimigos, receassem arriscá-las em paragens para eles desconhecidas e que se podiam prestar a emboscadas ou porque tivessem esgotado as suas munições.

Mandaram-nas por certo embora escoltadas por um corpo de cavaleiros que tomou a direção da Machorra e daí em diante fomos menos inquietados pela sua própria cavalaria.

Ia por diante a nossa marcha sem outra dificuldade além da que nos opunha a macega que nos cercava, que a todo o custo era preciso romper e sobre a qual tornava-se a marcha penosíssima, por isso que com afiados gumes feria-nos os pés; ela, porém, reservava-nos outra provação ainda mais cruel e que não tardou que se produzisse.

3- Em Retirada, O fogo nas macegas, a nova estratégia de guerra dos paraguaios

Vimos levantarem-se alguma distância tênues espirais de fumo, o fogo.

Lopes foi o primeiro a reconhecer o incêndio esperava-o, nada indicou surpresa nele. 

Contemplou-o imóvel algum tempo; depois, rompendo o silêncio com uma dessas apostrofes comuns nos homens da natureza ante qualquer resistência e desafiando as chamas que se erguiam:

__ “Está bom, disse, lutaremos! Mas ficará para depois, acrescentou voltando-se para nós”. 

__ “Vou começar por iludir os paraguaios seguindo direito para Miranda[3]. Descerei depois para a minha estância”.
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Nota de Referências
[3] Refere-se a Colônia Militar de Miranda.
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4- No pouso, mais um inimigo eminente, a fome, começa a faltar água e alimentos

Fomos acampar nessa noite junto de uma das cabeceiras do rio José Carlos[4]. Esperávamos poder ali beber a farta água, depois de uma jornada das mais penosas sob uma atmosfera abrasadora; mas não deparamos mais que uma água turva e detestável e como além disso chegávamos tarde a esse pouso, já sol posto, não nos foi possível dar nem água nem forragem aos nossos bois extenuados de fadiga e cujo olhar implorava-nos piedade. 

Mal tinham para deitar-se o chão coberto de pó, onde a grama estava seca e queimada pelo sol. Nós mesmos tivemos de contentar-nos com a quinta parte da nossa ração costumada ou para melhor dizer, faltou-nos alimentação. Em vez de vinte e dois bois que até então se haviam cortado diariamente, carnearam-se apenas quatro, escolhidos dentre os piores das nossas juntas. Era a fome em seu começo. Mas, uma medida tomada então pelo comandante veio apressá-la ainda mais. 

Uma das suas principais preocupações era conservar o maior número possível de meios de transporte para os feridos e neste intuito lembrou-se de mandar esvaziar para eles algumas carretas dos gêneros de fornecimento que nelas estavam, como sacos de farinha, arroz, feijão, e essa carga foi repartida entre os soldados. Cada qual devia levar destarte a sua própria alimentação para alguns dias, mas como para a maior parte a fome e o cansaço falavam mais alto que a previdência, quase tudo quanto se acabava de distribuir foi imediatamente consumido.
Atual Córrego Machorra. Antigo José Carlos. 
Imagem cedida pelo CAT/Jardim-MS. 2004.

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Nota de Referências
[4] NE – O Córrego José Carlos é atualmente conhecido pelo nome de Córrego Cachorra. Conforme a Enciclopédia das Aguas de MS. IHGMS. 2014. Sobre o nome do Córrego, “parece-nos que as peculiaridades do acidente físico tenham motivado o denominador a batizar essa propriedade rural com tal designação. Já o córrego José Carlos recebe esse nome em homenagem a José Carlos Botelho que, segundo registros históricos, por volta de 1847, ocupava terras junto ao Apa, vizinhando com a Dona Senhorinha. Na declaração para registro de posse, a então viúva de Gabriel Francisco Lopes sentencia: Declaro que, desde o ano de 1846, principiei a cultivar uma posse de terras de lavoura e criação de gado no lugar denominado Apa , confinando ao norte com Ignácio Cândido, tendo limite a ponta de serra de Maracaju, ao poente com a posse de José Carlos Botelho; ao sul, pelo rio Apa, pelo nascente com a serra de Maracaju, cujo terreno tem três léguas em quadra. Desse modo, podemos classificar o córrego José Carlos como um antropotopônimo. Por registrar o nome de uma pessoa até então anônima, por meio de seu prenome, o topônimo o “imortaliza” apenas naquele lugar não sendo projetado em outras localidades pelo fato de não possuir nem a representatividade, nem a importância dos nomes históricos que tenham repercutido, por exemplo, nacionalmente”. A Toponímia aa Rota da Retirada da Laguna: Marcas da História na Nomenclatura Geográfica. Carla Regina de Souza (PG/ UFMS/ FAFS) 2006
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a- A morte de feridos, Palestrina, Raymundo e Laurindo

A morte do tenente Palestrina[5] que fora ferido no combate do Apa, veio entenebrecer[6] ainda mais esse pouso, no qual, depois de prestar-lhe as derradeiras honras, ainda impressionados por essa triste cerimônia, fomos como atraídos pelo espetáculo do infortúnio, visitar o tenente Raymundo[7] que se finava e o soldado Laurindo[8] cujos ferimentos tinham-se convertido em chagas medonhas. 

Ali começam as nossas grandes provações. Daqui datam esses sofrimentos, que agravados uns pelos outros, não tardou que nos convencessem de que estávamos todos reservados para a iminente e terrível catástrofe.
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Nota de Referências
[5] As traduções Modernas traduzem pelo nome de Tenente Palestino.
[6] NE – Obscurecer; melancolia.
[7] Raymundo Monteiro.
[8] Laurindo José Ferreira.
[9] Original do Arquivo de Cuiabá, transcrito por Lobo Vianna, 1938, em A Epopeia da Laguna
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a-      Documento nº 30
Recomendações à Família do Tenente Palestino pelo Tenente Coronel Enéas Galvão[9]

Parte do Tenente Coronel em Comissão, Antonio Enéas Gustavo Galvão, Comandante do Batalhão Nº 17º de Voluntários da Pátria, de 28 de maio de 1867

Número trinta.
 Quartel do Comando do Batalhão dezessete de Voluntários da Pátria, acampamento na Fazenda do Bom Jardim, vinte e oito de maio de mil oitocentos e sessenta e sete.

Ilmo. e Exmo. Sr.
Como me cumpre, participo a V. Exc.ª. que nos tiroteios dos dias quatorze, quinze, dezoito, dezenove e vinte do corrente mês, que tiveram lugar desde pela manhã até quatro horas da tarde, e nos de vinte e três, vinte e quatro e vinte e sete, o Batalhão de meu Comando que ora fazia a vanguarda, ora a retaguarda, e algumas vezes flanqueando as Forças, portou-se sempre com firmeza e coragem, causando ao inimigo bastantes prejuízos.

Prevaleço-me desta ocasião para cientificar a V. Exc.ª. que o bravo Tenente Joaquim Mathias de Assumpção Palestino, ferido mortalmente no combate do dia onze, faleceu deixando na miséria sua pobre mulher e um filhinho, pelo que rogo a V. Exc.ª que obtenha do Governo Imperial a sua alta proteção para a pobre família, desse oficial, digno de toda comiseração.

E bem assim, não posso deixar em esquecimento o nome do distinto primeiro Cirurgião Doutor Manoel de Aragão Gesteira, que com a maior humanidade e ao lado sempre dos soldados feridos em número de vinte e nove, e de setenta e seis atacados de epidemia, deu as provas mais exuberantes de sua dedicação no curativo dos mesmos.
Deus Guarde a V. Exc.ª.

Ilmo. e Exmo. Sr.
Coronel Carlos de Moraes Camisão,
Comandante em Chefe das Forças em Operações.
Antonio Enéas Gustavo Galvão,
Tenente Coronel, em Comissão Comandante.

2º Ten. Bel. Alfredo D'Escragnolle Taunay.
Secretário Militar.

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