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14 de outubro de 2014

SÉRIE RIO PARAGUAI - 8 - ASSUNÇÃO

8.  Rio Paraguai tem enorme importância para a capital Assunção

17/08/2014 08h45 - Atualizado em 17/08/2014 08h50

LINK PARA ASSISTIR O VÍDEO DIRETO DO SITE DO G1


Rio é o principal meio de escoamento da produção com destino a Assunção.
Dos grandes rios brasileiros, só este banha a capital de um país.

José Hamilton Ribeiro e Eunice Ramos Do Globo Natureza, com informações do Globo Rural





Quando o Rio Paraguai recebe as águas do Rio Apa, ele sai do Brasil. A partir daí, é solo paraguaio nas duas margens. São quase mil quilômetros pela frente até o encontro com o Rio Paraná, na Argentina. Nove quilômetros depois da fronteira aparece o distrito de Valemy. A região é a maior produtora de cimento e cal do Paraguai, paredões de pedra abrigam uma enorme riqueza.

O guia de turismo César Gonzalez conduz a viagem. São cerca de 50 cavernas cadastradas e logo na entrada, paredes formadas por mais de 20 tipos diferentes de rocha são observadas.

A 200 quilômetros da fronteira, Concepción, aos fins de semana, as águas do Paraguai viram local de lazer para seus 80 mil habitantes.
Concepción teve papel importante no começo da Guerra. Foi de um quartel que saiu um exército de 2,5 mil homens que invadiram o Brasil. Este foi o início da guerra entre o Paraguai e o Brasil. Hoje, o quartel é um museu.
O historiador Teófilo Medina destaca a importância da mulher paraguaia para a reconstrução do país depois do fim da guerra.

Hoje, a principal atividade econômica de Concepción é a criação de gado. Em uma fazenda que fica às margens do Rio Paraguai, a pecuarista Marta Barreiro recebe a equipe do Globo Rural com um saboroso café com produtos típicos.

Francisco, filho de Marta, apresenta a fazenda. São 2 mil cabeças na região do Chaco Paraguaio, bioma que ocupa mais da metade do território do país. Francisco conta que a terra do Chaco é rica em nutrientes, o que é bom para o gado.

O gado criado em Concepción é abatido ali mesmo, no maior frigorífico do país, às margens do Rio Paraguai. Os donos são brasileiros.
A carne e tudo o mais que Concepción produz saem do porto. O Rio Paraguai é o principal meio de escoamento da produção da região, o destino é a capital Assunção.

Dos grandes rios brasileiros, só este tem o privilégio de banhar uma capital de país. De um certo ponto, dá para ver, todo iluminado, o Palácio do Governo do Paraguai, hoje um país democrático.

Mas é mesmo de dia que se vê como Assunção é um lugar interessante. Fundada em 1537 para ser uma referência da Espanha nas Américas, hoje tem cerca de 550 mil habitantes e foi uma das primeiras cidades da América do Sul a ter uma estrada de ferro.

Assunção também guarda muita lembrança da guerra. No centro do Panteão dos Heróis, há um túmulo em homenagem ao soldado desconhecido. Não existe uma estatística oficial, mas historiadores estimam em 300 mil o número de paraguaios mortos na guerra.

Outro túmulo que chama a atenção é o do considerado um dos maiores heróis do Paraguai: Marechal Solano Lopez, chefe do governo e comandante do exército durante a Guerra do Paraguai. Para nós, brasileiros, o inimigo.

Solano Lopez foi morto pelo exército brasileiro dois anos depois da tomada de Assunção. Foi o fim da guerra. A figura de Solano aparece na cédula de mil guaranis, a moeda paraguaia, e há estátuas em praças públicas por todo o país, uma delas em Assunção.  Lopez não é pessoa. Lopez é símbolo.

Nos primeiros dias da guerra, os paraguaios capturaram um navio brasileiro, o Anhambay, no Mato Grosso, na foz do São Lourenço com o Paraguai. Hoje, o Anhambay figura como a maior presa militar do Paraguai.

Da guerra à arte: Assunção é também o lugar onde pode-se encontrar fábricas de um instrumento que tem o som do país: a harpa paraguaia. No tempo da colonização, os jesuítas precisavam de um instrumento que substituísse o órgão nas igrejas e que pudesse ser fabricado no país. Ensinaram como fazer e como tocar.

Assista ao vídeo com a reportagem completa e veja como funciona a harpa paraguaia e o gênio do instrumento, Nicolas Caballero ou Nicolasito.


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