Considerações sobre o nome atribuído
as Forças que atuaram militarmente no sul de Mato Grosso no confronto com o
Exército do Paraguai e as publicações do Livro A Retirada da Laguna.
a) A
primeira Consideração é sobre algumas nomenclaturas que existem para designar
este movimento, Corpo de Exército que teve sua origem na Capital Imperial, Rio
de Janeiro e foi se organizando até chegar a Mato Grosso com integrantes das
províncias de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso.
- Ø Exército Expedicionário da Província de Mato Grosso ou;
- Ø Expedição Brasileira em Operações ao Sul de Mato Grosso ou;
- Ø Corpo de Exército destinado a atuar, pelo Norte, sobre o alto Paraguai ou;
- Ø Coluna Carlos Moraes Camisão ou Coluna Camisão; ou Coluna Expedicionária;
- Ø Visconde de Taunay, no Livro A Retirada da Laguna, edição em Português de 1874, emprega os termos de “Corpo de Exército”; “Coluna”;
- Ø Segundo o mesmo autor, em 23 de Abril de 1867, o Corpo de Exército estava acampado, já próximo à fronteira entre o Brasil e o Paraguai: “O nosso chefe parecia mais sereno que de costume, mostrava-se confiante. Começou a qualificar a coluna expedicionária com o título de — Forças em operações no norte do Paraguai — e todos os seus ofícios, como a exemplo seu todas as nossas cartas para Mato Grosso, Goiás e Rio de Janeiro (confiadas a Loureiro que então despediu-se de nós) tinham no sobrescrito — Para o império do Brasil.
- Ø A Coluna recebeu também a denominação de “Corpo Expedicionário no Sul de Mato Grosso”, em algumas traduções; Força Expedicionária;
- Ø Força Operadora no Sul da Provincia de Matto-Grosso;
- Ø Forças em Operações ao Sul da Província de Mato Grosso[1];
Para
unificar as designações adoto em todos
os texto esta denominação quando se referir ao conjunto deste movimento em
marcha: As Forças em Operações ao Sul da Província de
Mato Grosso.
[1] RELATORIO
COMMENTADO da Commissão de engenheiros desde o rio Taquary até a villa de
Miranda, com documentos annexos e trabalhos parciaes de alguns ajudantes da
mesma commissão junto ás Forças em Operações ao Sul da Provincia de Mato
Grosso. 1866. Livro Em Matto-Grosso Invadido, Visconde de Taunay, 1929. Pag.
58. Quando a coluna expedicionária chegou ao Coxim, passou a denominar-se
forças em operações ao sul da província de Mato Grosso, conforme autorizara o
governo imperial. Nas correspondências expedidas pelo Coronel Carlos de Moraes
Camisão ao Senhor Albano de Souza Ozorio, Vice-Presidente da Província de Mato
Grosso, e ao Rio de Janeiro, também emprega esta denominação, “Quartel do
Commando das Forças em Operações ao Sul da Província de Matto-Grosso, na
Colonia de Miranda”.
_______
b) Uma
segunda Consideração é sobre o Livro A Retirada da Laguna
Para o leitor da Obra de Alfredo Taunay,
Visconde de Taunay, A Retirada da
Laguna, o detalhe dos conteúdos, das traduções, das linguagens, termos,
estrutura do texto, e outras informações adicionais podem passar despercebidas.
Ocorre em qualquer obra quando traduzida de um
idioma para o outro nem sempre se consegue ajustar palavras que expressam a ideia
e conceitos.
Considerando a importância da Obra do autor Alfredo
Maria Adriano d'Escragnolle Taunay, mais conhecido pelo título de Visconde de
Taunay, (Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 1843 — Rio de Janeiro, 25 de
janeiro de 1899), entre as diversas publicações, destaca-se “A Retirada da
Laguna”.
Embora fosse uma literatura brasileira, a sua
primeira edição se deu em Língua francesa, na França. A sua primeira tradução
para o Português, de Salvador de Mendonça, foi de 1874.
Ao realizar um estudo desta Obra e outras nos
preparativos para a comemoração dos 150 anos do Episódio da Laguna, decidi
fazer uma reescrita com fins Didáticos e compreensão de termos, expressões,
localizações empregados para época tive o interesse de:
a) Reescrever o Livro A Retirada da Laguna a partir da Edição
Francesa revisada e publicada no ano de 1891 na França, cópia digital
disponibilizada na Biblioteca http://www.brasiliana.usp.br/ e http://suaaltezaogato.com.br/
b) Reler o Livro A Retirada da Laguna, 1ª Edição em Português, de
1874 disponível na biblioteca citada;
a. Scenas de Viagem;
b. A Campanha Da
Cordilheira;
c. Reminiscência;
d. Recordações de
Guerra e Viagem;
e. Paisagens
Brasileiras;
f.
Narrativas Militares;
g. Marcha das
Forças;
h. Ierecê a Guana;
Histórias Brasileiras,
i.
Em Matto-Grosso Invadido;
j.
Dias de Guerra e Sertões
d) A Epopeia da Laguna, de Lobo Viana, 1938.
e) A Epopeia de Matto-Grosso no Bronze da História, Capitão Cordolino
de Azevedo, 1926
Destas fontes primarias endossadas com as
informações disponíveis no momento atual, produzi uma reescrita da Obra de Taunay,
mantendo-se fiel ao autor.
As alterações são de ordem seguinte:
a. Ajustes ortográficos e de impressões;
b. Títulos e subtítulos de forma mais didática para compreender melhor a riqueza de informações.
c. Inserções de ilustrações feitas pelo autor, mas não inseridas na obra.
d. Inserções de mapas, ilustrações de outros autores com a finalidade de caracterização de imagens no tempo.
e. Inserções de ilustrações da época atual de alguns dos locais;
f. Inserções de notas explicativas para vocábulos, expressões, citações, exemplificações, toponímias, personalidades, contextos históricos e geográficos não muito usuais em tempos atuais.
g. Inserções da transcrição de alguns documentos que foram expedidos e citados pelo autor no contexto do Livro. A finalidade é ampliar a leitura e o conhecimento para os leitores.
Não me atenho a julgamento da Obra, dos seus
personagens nem dos fatos da operação Militar.
Proponho uma leitura atual, mas sem
descaracterizar o contexto da época.
Nenhum comentário:
Postar um comentário