Seja Bem Vindo!

SEJA BEM-VINDO! WELCOME! SEA BIENVENIDO! * Hoje é

21 de abril de 2017

O LIVRO A RETIRADA DA LAGUNA E AS FORÇAS EM OPERAÇÕES NA PROVÍNCIA DE MATO GROSSO


Considerações sobre o nome atribuído as Forças que atuaram militarmente no sul de Mato Grosso no confronto com o Exército do Paraguai e as publicações do Livro A Retirada da Laguna.


     VOLTAR ⏪⏩ AVANÇAR


a) A primeira Consideração é sobre algumas nomenclaturas que existem para designar este movimento, Corpo de Exército que teve sua origem na Capital Imperial, Rio de Janeiro e foi se organizando até chegar a Mato Grosso com integrantes das províncias de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso.

O leitor ao acessar informações sobre as operações, marchas militares que atuaram na região Sul da então Província de  Mato Grosso, Norte da República do Paraguai, imortalizada no Episódio como A Retirada da Laguna e o desfecho da mesma a margem esquerda do Rio Aquidauana, dos sobreviventes, um grupo seguiu  para o Rio de Janeiro e o restante das tropas marcharam para Cuiabá, encontrará diversas denominações a esta Expedição:

  • Ø  Exército Expedicionário da Província de Mato Grosso ou;
  • Ø  Expedição Brasileira em Operações ao Sul de Mato Grosso ou;
  • Ø  Corpo de Exército destinado a atuar, pelo Norte, sobre o alto Paraguai ou;
  • Ø  Coluna Carlos Moraes Camisão ou Coluna Camisão; ou Coluna Expedicionária;
  • Ø  Visconde de Taunay, no Livro A Retirada da Laguna, edição em Português de 1874, emprega os termos de “Corpo de Exército”; “Coluna”;
  • Ø  Segundo o mesmo autor, em 23 de Abril de 1867, o Corpo de Exército estava acampado, já próximo à fronteira entre o Brasil e o Paraguai: “O nosso chefe parecia mais sereno que de costume, mostrava-se confiante. Começou a qualificar a coluna expedicionária com o título de — Forças em operações no norte do Paraguai — e todos os seus ofícios, como a exemplo seu todas as nossas cartas para Mato Grosso, Goiás e Rio de Janeiro (confiadas a Loureiro que então despediu-se de nós) tinham no sobrescrito — Para o império do Brasil.
  • Ø  A Coluna recebeu também a denominação de “Corpo Expedicionário no Sul de Mato Grosso”, em algumas traduções; Força Expedicionária;
  • Ø  Força Operadora no Sul da Provincia de Matto-Grosso;             
  • Ø  Forças em Operações ao Sul da Província de Mato Grosso[1];


Para unificar as designações adoto em  todos os texto esta denominação quando se referir ao conjunto deste movimento em marcha: As Forças em Operações ao Sul da Província de Mato Grosso.


[1] RELATORIO COMMENTADO da Commissão de engenheiros desde o rio Taquary até a villa de Miranda, com documentos annexos e trabalhos parciaes de alguns ajudantes da mesma commissão junto ás Forças em Operações ao Sul da Provincia de Mato Grosso. 1866. Livro Em Matto-Grosso Invadido, Visconde de Taunay, 1929. Pag. 58. Quando a coluna expedicionária chegou ao Coxim, passou a denominar-se forças em operações ao sul da província de Mato Grosso, conforme autorizara o governo imperial. Nas correspondências expedidas pelo Coronel Carlos de Moraes Camisão ao Senhor Albano de Souza Ozorio, Vice-Presidente da Província de Mato Grosso, e ao Rio de Janeiro, também emprega esta denominação, “Quartel do Commando das Forças em Operações ao Sul da Província de Matto-Grosso, na Colonia de Miranda”.

_______

b) Uma segunda Consideração é sobre o Livro A Retirada da Laguna

Para o leitor da Obra de Alfredo Taunay, Visconde de Taunay,  A Retirada da Laguna, o detalhe dos conteúdos, das traduções, das linguagens, termos, estrutura do texto, e outras informações adicionais podem passar despercebidas.




Ocorre em qualquer obra quando traduzida de um idioma para o outro nem sempre se consegue ajustar palavras que expressam a ideia e conceitos.

Deste modo, de um livro para outro, no caso A Retirada da Laguna, encontraremos inclusões e supressões de ideias que nem sempre condiz com a original.  Quando confrontamos algumas publicações atuais com os Originais em Frances só o pesquisador atento é que perceberá determinadas divergências de compreensão linguística.

Considerando a importância da Obra do autor Alfredo Maria Adriano d'Escragnolle Taunay, mais conhecido pelo título de Visconde de Taunay, (Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 1843 — Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1899), entre as diversas publicações, destaca-se “A Retirada da Laguna”.

Embora fosse uma literatura brasileira, a sua primeira edição se deu em Língua francesa, na França. A sua primeira tradução para o Português, de Salvador de Mendonça, foi de 1874.

Ao realizar um estudo desta Obra e outras nos preparativos para a comemoração dos 150 anos do Episódio da Laguna, decidi fazer uma reescrita com fins Didáticos e compreensão de termos, expressões, localizações empregados para época tive o interesse de:

   a)   Reescrever o Livro A Retirada da Laguna a partir da Edição Francesa revisada e publicada no ano de 1891 na França, cópia digital disponibilizada na Biblioteca http://www.brasiliana.usp.br/ e http://suaaltezaogato.com.br/

  b)    Reler o Livro A Retirada da Laguna, 1ª Edição em Português, de 1874 disponível na biblioteca citada;

   c)    Reler as obras do Autor
a.      Scenas de Viagem;
b.      A Campanha Da Cordilheira;
c.       Reminiscência;
d.      Recordações de Guerra e Viagem;
e.      Paisagens Brasileiras;
f.        Narrativas Militares;
g.      Marcha das Forças;
h.      Ierecê a Guana; Histórias Brasileiras,
i.        Em Matto-Grosso Invadido;
j.        Dias de Guerra e Sertões
   d)    A Epopeia da Laguna, de Lobo Viana, 1938.
   e)    A Epopeia de Matto-Grosso no Bronze da História, Capitão Cordolino de Azevedo, 1926

Destas fontes primarias endossadas com as informações disponíveis no momento atual, produzi uma reescrita da Obra de Taunay, mantendo-se fiel ao autor.

As alterações são de ordem seguinte:


a. Ajustes ortográficos e de impressões;

b. Títulos e subtítulos de forma mais didática para compreender melhor a riqueza de informações.

c. Inserções de ilustrações feitas pelo autor, mas não inseridas na obra.

d. Inserções de mapas, ilustrações de outros autores com a finalidade de caracterização de imagens no tempo.

e. Inserções de ilustrações da época atual de alguns dos locais;

f. Inserções de notas explicativas para vocábulos, expressões, citações, exemplificações, toponímias, personalidades, contextos históricos e geográficos não muito usuais em tempos atuais.

g. Inserções da transcrição de alguns documentos que foram expedidos e citados pelo autor no contexto do Livro. A finalidade é ampliar a leitura e o conhecimento para os leitores.

Não me atenho a julgamento da Obra, dos seus personagens nem dos fatos da operação Militar.

Proponho uma leitura atual, mas sem descaracterizar o contexto da época.


Nenhum comentário:

Postar um comentário