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3 de junho de 2017

FILME ALMA DO BRASIL LEGENDADO E SONORIZADO, RETIRADA DA LAGUNA 150 ANOS

O Filme “A alma do Brasil”
Na identidade da “Alma do Sul-mato-grossense”

A Retirada da Laguna, 150 anos – 1867-2017

Mato Grosso do Sul 40 Anos – 1977 – 2017



Introdução

Por Prof. Ms. José Vicente Dalmolin

O Filme “Alma do Brasil”, é considerado o primeiro filme realizado no Estado de Mato Grosso uno: A Capitania de Mato Grosso, no Brasil, foi criada pela Coroa portuguesa em 9 de maio de 1748, desmembrando-se do território da Capitania de São Paulo. Com a Independência do Brasil, em 1822 passou a denominar de “Província”. Com a Proclamação da República passou a “Estado de Mato Grosso”. Em 11 de outubro de 1977, foi dividido o território, transformando-se em dois Estados da Federação do Brasil: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.


Trata-se de uma película rodada em 1931, com direção de Líbero Luxardo, que interpreta o coronel Carlos de Moraes Camisão e está baseado no livro do Oficial brasileiro Alfredo Maria Adriano d'Escragnolle Taunay, Visconde de Taunay, “A Retirada da Laguna”, um dos episódios que ocorreu com as Forças Brasileiras em Operações no Sul da Província de Mato Grosso, no confronto conhecido como Guerra do Paraguai, ou seja, Brasil, Argentina, Uruguai contra as ofensivas da República do Paraguai, entre 1864-1870, mais especificamente, uma operação militar, no comando do Coronel Camisão, que marcharam da Vila de Miranda à Nioac, à Colônia Militar de Miranda, à fronteira Brasil-Paraguai pelo Rio Apa, deste em território paraguaio, ao Forte de Bella Vista, à Invernada de Criação de gado, conhecida como “Laguna” hoje, “Estancia Arroyo Primero” em 1º de maio de 1867 e o recuo deste ponto até Porto Canuto, no rio Aquidauana.
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Foco Primeiro:


O Enredo do Filme inicia com os combates no dia 6 de maio ao acampamento paraguaio, o qual ficou conhecido como “Acârâbebo”.

Prossegue com a marcha de Retirada da Invernada em 8 de maio e termina com o falecimento do Comandante, Coronel Camisão, em 29 de maio de 1867, no acampamento à margem esquerda do rio Miranda, nas proximidades do atual Cemitério dos Heróis da Retirada da Laguna, no município de Jardim-MS.

Cenários:

Ø A marcha dos Retirantes pelos campos sujos;

Ø Os incêndios provocados como tática paraguaia;

Ø A Cavalaria Paraguaia;

Ø A Epidemia do Cholera Morbus;

Ø O abandono dos Cholericos, Cambaracê;

Ø As mulheres, negros, crianças...;

Ø A atuação de José Francisco Lopes, o Guia Lopes;

Ø O Coronel Carlos de Moraes Camisão, suas lutas e suas despedidas, falecimento;

Foco Segundo:

Tratando-se de uma produção do início da década de 1930, cuja o cenário político a “Era de Getúlio Vargas” e as polêmicas no contexto Nacional. Em conjuntara mato-grossense tem o envolvimento do alto Comando Militar da 9ª Circunscrição Militar, hoje 9ª Região Militar, sediada em Campo Grande, era chefiado pelo general Bertoldo Klinger.

Abertura são imagens documentais da época. Na primeira parte, em Campo Grande, paisagem de ecossistemas, tropas do Exército, que forneceram infraestrutura material para a realização da película, aparecem percorrendo os mesmos caminhos trilhados pelos brasileiros durante a Retirada da Laguna. Nesse momento, os destaques são as cenas em que o general Klinger e o seu comando visitam os túmulos do coronel Camisão, Juvêncio e de José Francisco Lopes, o Guia Lopes, na região de Jardim, manobra de transposição do Rio Miranda, pelo vau de antigo acesso, (antes da construção da primeira ponte, Ponte Velha, Guia Lopes da Laguna-Jardim), da Fazenda Jardim ao “Cemitério dos Heróis. Diga-se de passagem, neste período as cidades, município de Guia Lopes da Laguna e Jardim, ainda não existiam.

Quanto ao desfecho, o diretor fixou a sua câmara em imagem de uma parada militar, no Quartel em Campo Grande, nas tropas da 9ª Região Militar em posição de marcha unida pronta para o combate. 

Apesar de ser um filme mudo, é possível perceber que haviam diálogos entre os personagens e os soldados cantavam, possivelmente, uma canção militar à pátria brasileira. 

As cenas que se seguem mostram os brasileiros, extenuados por fome e doenças, sendo perseguidos pelos paraguaios que matam os atacados pela cólera (deixados no Cambaracê, ao apelo de compaixão para cm os coléricos) e uma mãe que tem o seu pequeno filho abandonado numa choupana prestes a ser devorada pelo fogo. O ápice da dramaturgia ocorre quando os paraguaios cercam os comandados do coronel Camisão e ateiam fogo na vegetação, as macegas, que cobria os campos sujos desta época e a tragédia da sua morte sobre o flagelo que atacou as suas tropas, o Cholera morbus.

Foco Terceiro:

A produção cinematográfica levanta questões tanto do passado histórico, quanto do presente a década de 1930, o comandante general Klinger, quando colocou recursos materiais do Exército na produção de um filme nacionalista sobre os feitos brasileiros no conflito militar contra o Paraguai na região sul mato-grossense, estaria reforçando as crenças da nacionalidade e, ao mesmo tempo, criando as condições políticas para desempenhar o papel que protagonizou durante a chamada Revolução paulista de 1932.

Este movimento revolucionário, culmina com a iniciativa da criação do “Estado de Maracaju” (uma divisão do território mato-grossense) nome dado ao novo Estado federativo brasileiro que existiu sem autorização da União de 10 de julho a 2 de outubro de 1932, durante as agitações da Revolução Constitucionalista de 1932.

Território que hoje ocupa o Estado de Mato Grosso do Sul. Teve como seu governador o então ex-prefeito de Campo Grande, Dr. Vespasiano Barbosa Martins. Durante a Revolução Constitucionalista, o sul de Mato Grosso apoiou a causa paulista, na pessoa do general Bertoldo Klinger. Com o fim da revolução e a vitória militar do governo central, o Estado foi dissolvido e seus responsáveis punidos.

Foco Quarto:

Com um propósito Educacional, Celebração dos 150 anos do Episódio da Retirada da Laguna (1867-2017) e 40 anos da divisão do Estado de Mato Grosso e da Criação do Estado de Mato Grosso do Sul (1977-2017) tive a iniciativa de dar um pouco mais de vida a este épico cinematográfico, mantendo as imagens originais, inserir legendas para alguns contextos e possíveis diálogos, a partir de pesquisas e estudo das obras de Visconde de Taunay. 

Um segundo ponto, por tratar-se de um filme silenciosos, ou mudo, inserir uma trilha musical, tendo como arquivos musicais, a canção do Hino de Mato Grosso do Sul, que carrega a identidade cultural na composição da letra.

Canção de Paulo Simões e Almir Sáter, Sonhos Guaranis, também canta esta identidade cultural entre Brasil e Paraguai, não como inimigos, canções militares do Exército brasileiro e por fim da monumental produção de César Guerra-Peixe, foi um compositor brasileiro de música erudita, arranjador e estudioso da música brasileira. A retirada da Laguna. Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC, CD.

É uma produção de época, com identidade atual.

É uma formatação para ser visualizada via internet, para Celular, tablete, computador. Duração de 55 minutos.

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